Bem, é isso, Ato I feito.
Tudo correu razoavelmente dentro do script. Um pouco melhor, até.
Da próxima vez, deveríamos distribuir folhetos com a programação.
Resta-nos perguntarmos pelo que realmente foi afrontado, o efeito do ato nos transgredidos e transgressores, as dimensões todas de significação... E algumas das discussões que poderiam ter sido realizadas antes do ato. Ou não. Temos também uma vasta experiência por gerar saberes para nosso preparo e proteção. Entre estas, as observações de como as pessoas (e, entre elas, nós mesmos e os nossos) reagem frente ao exercício de poder repressivo, da coação ou, se preferirem, da resistência.
Dentre as reflexões que se impõem, temos a pergunta inicial: "Por que afrontar?". Eu concordo, a resposta é, sempre: "Por que não?". Mas a gente se vê as voltas com um discurso muito mais segregador que o discurso do mainstream, dito normativo: o discurso político-ideológico.
Não o discurso ideológico burguês e essa merda toda, mas o discurso ideológico das confrarias dos coletivos politicamente orientados, revolucionários ou não, de ativistas políticos e culturais. O que se cobra é que tenhamos uma finalidade, que esta seja instigar o pensamento crítico e que este pensamento gere, por fim e por certo, uma conscientização: a conscientização de que eles estão certos. Não só o debate permanece fechado, como se perde completamente de vista que todos estamos no front, com o rabo na reta e, sobretudo, do mesmo lado: temos interesses em comum.
Eu falaria do ato pelo ato, de valores intrínsecos, da primazia do significante sobre o significado, da dúvida razoável. Mas foda-se. A experiência foi rica e plenamente positiva, cabendo-nos apenas significá-la de maneira apropriada.
Quem não foi, perdeu. Perdeu os espetáculos, incluindo o dado pelos vizinhos vigilantes e nossa sempre pronta e carismática força policial.
Mas é apenas o começo.
Afrontemos!
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Do outro lado, temos a oportunidade de prestigiar o grande esforço realizado por certas pessoas para desabonar a dita categoria estudantil. Não que, de fato, o comportamento da maior parte da categoria não comprometa fortemente nossa imagem. Mas, muito bem diz a Revelação de Sturgeon: "noventa por cento de tudo é tosco."
"Agora quem tem que pagar o que apronta..."
Confiram a noticia na mídia local:
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